A reabilitarção oral por meio de implantes de titânio como alternativa às próteses convencionais, para a substituirção de dentes ausentes ou perdi­ dos, é uma modalidade de tratamento rotineira. O exame radiográfico é um componente indispensável em todas as fases do tratamento com implan­ tes, incluindo o planejamento pré-operatório, o diagnóstico, a avaliarção do tratamento e o monitoramento longitudinal dos resultados. Apesar disso, o uso descontrolado de exames radiográficos leva a uma exposirção á radiarção aumentada e desnecessária aos pacientes, sendo imprescindível a correta indicarção de cada modalidade de exame sugerido, embasados sempre nas vantagens do uso do método selecionado, e principalmente, ponderados por suas limitarções. Ao longo dos últimos anos urna grandevariedade de técnicas de ima­ geologia bi (2D) e tridimensionais (3D) têm sido utilizadas tanto nas áreas clínicas como nas pré-clínicas em Implantodontia, estando conectadas ás várias fases da reabilitarção com implantes. Mais recentemente, os avanços tecnológicos e os custos mais atraentes fizeram com que as técnicas de imagem 3D se tornassem mais acessíveis para os cirurgiões-dentistas de uma forma geral. Como reflexo, a utilizarção de tomografias computadori­ zadas de feixe cônico (TCFC) é cadavez mais comum, devendo sempre ser levado em conta que o uso desta técnica está associado a um aumento na dose de radiação fornecida ao paciente1-4 e a custos mais elevados quando comparada a radiografias panorâmicas, por exemplo, aliado ao fato de que o acesso a TCFC ainda é bastante limitado para a maioria das clínicas, con­ siderando o Brasil como um todo.5 Além disso, esta tecnologia é util prin­ cipalmente para o diagnóstico e plano de tratamento com implantes, mas não para o monitoramento do tratamento, devido aos artefatos que apare- cem adjacentes à superfície do implante, como resultado da interferência de objetos metálicos na captação dessas imagens. Por outro lado, admite­ -se que esta tecnologia provavelmente se tornará o padrão diagnóstico em um futuro próximo, tal como já ocorre em algumas partes do mundo. Considerando o que é exposto acima, neste capítulo discutiremos alguns aspectos relevantes da radiografia 2D, com foco em pesquisas em Implantodontia. As técnicas radiográficas em 3D serão brevemente men­ cionadas em relação à radiografia 2D. Mais especificamente, as questões relacionadas à confiabilidade das medidas radiográficas para estimar o nível ósseo peri-implantar (a), a geometria de projeção para qualidade apropriada das imagens de implantes e para avaliação do nível ósseo peri­ -implantar (b), distorçães dimensionais em radiografias periapicais e panorâmicas (c) e os prazos de exame radiográfico para avaliação longitu­ dinal dos níveis ósseos peri-implantares (d) serão discutidos.